Idosos e animais, duas realidades, duas formas de vida diferentes mas que afinal não são mais do que Mundos Cruzados.

Alma e Sentimento...um retorno à eterna inocência!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“Este mundo não é para velhos”

“Nas actuais sociedades ocidentais, os idosos perderam o estatuto social de prestígio que tinham e ainda mantêm em alguns países da Ásia e da África.

A frase foi escrita no século XVII pelo poeta irlandês Jonathan Swift, mas mantém-se actual: “Toda a gente desejaria viver muito tempo, mas ninguém quereria ser velho”. Nas sociedades ocidentais dos nossos dias é, precisamente, isto o que está a acontecer. Vive-se cada vez mais anos, mas privilegia-se a juventude e a individualidade. Como assinalam Rosa Maria Lopes Martins e Maria de Lurdes Martins Rodrigues, em Estereótipos sobre idosos: uma representação social gerontofóbica, “no mundo civilizado de hoje, a velhice é tida como uma doença incurável, como um declínio inevitável, que está votado ao fracasso”. Existe o preconceito de que “o envelhecimento torna as pessoas senis, inactivas, fracas e inúteis”. (...)
Em países, como Portugal, onde se assiste a um envelhecimento acentuado da população, estas são questões na ordem do dia e que requerem respostas urgentes: “Os idosos perderam um estatuto social dotado de certo prestígio”, diz Isabel Dias, do Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, acrescentando: “Um país sem idosos não tem memória; um país sem crianças não tem futuro”.
(…)
No Japão – o país mais envelhecido do Mundo, de acordo com a ONU –, os idosos continuam a ser venerados. Desde 1947 que neste país é assinalado o “Dia de Respeito ao Idoso” (Keira no hi), na terceira segunda-feira de Setembro, tendo esta data sido considerada dia feriado em 1966.
Também na China, no dia 9 de Setembro realiza-se a festa Chong Yang, também conhecida como “festa dos idosos”, uma celebração que, segundo documentos históricos, começou há 2500 anos.
O mesmo se passa em África, principalmente no seio das sociedades primitivas. Aqui, “o respeito ao idoso está ligado com a visão cíclica da vida, e a velhice, diferentemente do que ocorre no mundo ocidental, é uma fase privilegiada e almejada por todos”, sublinha Cláudia Regina Bergamim, (…).”
   Fátima Mariano, in JN

Esta notícia do Jornal de Notícias reforça aquilo que a maioria das pessoas já sabe, na sociedade ocidental os idosos não são respeitados, são abandonados e excluídos porque são considerados algo inútil. No Japão, na China e em África, os idosos são vistos de outra forma, o seu valor é reconhecido e eles são uma parte importante da sociedade. Todavia a notícia referia também que a mentalidade ocidental em relação aos idosos vai acabar por, infelizmente, se expandir também para essas regiões. O ideal era que acontecesse o contrário e que em Portugal os idosos passassem a ser valorizados, porque “Um país sem idosos não tem memória (…)”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário