Idosos e animais, duas realidades, duas formas de vida diferentes mas que afinal não são mais do que Mundos Cruzados.

Alma e Sentimento...um retorno à eterna inocência!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Envelhecer não é sinónimo de fim…

O tempo passa muito rápido e sem darmos por isso deixamos de ser crianças ingénuas e já somos avós. Durante esse período da nossa vida devemos de aproveitar todos os momentos ao máximo, porque o relógio da vida não pára e não volta atrás. Temos de tentar realizar os nossos sonhos e viver a vida intensamente enquanto pudemos. Todavia a certa altura já estamos velhos e cansados, mas isso não quer dizer que temos de deixar de viver. Temos de aproveitar a vida sempre, mesmo quando somos velhos. A vida é curta e finita, desperdiçá-la é um erro.
Não devemos de abandonar os nossos idosos, nunca, eles fazem parte da dinâmica da vida e são muito importantes no destino da humanidade. E os idosos não podem deixar-se levar pela solidão e pelo cansaço, devem de ir à luta, devem viver até ao fim…


Amigos verdadeiros são poucos…

Já tiveste algum amigo que te desiludiu, que te traiu, que fez ou disse algo que te magoou? Um amigo que consideravas verdadeiro, único e que de repente teve uma atitude completamente inesperada e te decepcionou? Alguém que dizia ser o teu melhor amigo e de um momento para o outro, estava a tentar ser melhor que tu e apunhalava-te pelas costas. Num abrir e fechar de olhos foste substituído, o teu melhor amigo, o teu companheiro encontrou alguém que é melhor amigo que tu.
O teu animal de estimação, é o teu melhor amigo e ao longo da sua curta vida será o teu companheiro fiel. Podes gostar dele sem teres medo que ele te desiluda, porque ele não o vai fazer, vais estar sempre contigo. Ele não te vai abandonar e escolher um novo amigo, outro dono que tenha melhores requisitos que tu. O teu cão/gato vai ver o que de melhor há em ti e ficar contigo, sempre!
Faz o mesmo, fica ao seu lado, até ao seu último suspiro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ser Velho em Portugal é...

Ser velho em Portugal é sinónimo de já não servir para nada, é sinónimo de já ter passado o prazo de validade é sinónimo de se estar estragado.
São vistos como algo que não devemos ouvir, como se não soubessem o que dizem, como se apenas servissem para receber as reformas e nós para tratarmos deles. Mas não. Ser idoso é muito mais. Ser idoso é saber transmitir aquilo que mais mágico aconteceu ao longo de tantos anos de vida. Ser idoso é partilhar as histórias mais fantásticas, é fazer com que a futura geração seja mais correcta. É passear com os netos e contar-lhes como era antigamente, como foi noutros tempos. É elucidar-nos sobre aquilo que estava mal e devemos melhorar e o que estava bem e que devíamos ter mantido.
Ser idoso é fazer aquilo que a vida outrora não deu oportunidade. Ser idoso é visitar, é viajar, é conversar, é aprender e ensinar.
Mas sobretudo, ser idoso é viver da melhor maneira possível.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Herói sem nome...

No Chile, um cão foi atropelado numa movimentada auto-estrada, é algo que, infelizmente acontece com frequência, também no nosso país.
Mas aquilo que nos deixou comovidos, foi a atitude de um outro cão. Após o atropelamento, surge um cão que corre pelo meio do tráfego e tenta salvar o que foi atropelado, arrastando-o para a berma da estrada.
Esse cão arriscou a sua própria vida para ajudar o outro animal, que infelizmente não sobreviveu aos ferimentos.
É algo que nos deixou sem palavras. Se um animal é capaz de um gesto destes, se até ele foi capaz de pensar no outro, de tentar ajudá-lo, achamos que também nós podemos fazer algo para reduzir o número de animais abandonados, por exemplo: não abandonar o nosso animal ou adoptar um. Não precisamos de nos colocar em frente de um camião, de um carro ou de um autocarro para ajudar, basta um simples acto.
Estas são as imagens captadas pelas câmaras de vigilância da estrada, que registaram o acto heróico do animal.



Solidão...

Desperto bem cedo. Não queria. Não queria acordar novamente. Porque não deixo de existir? Porque não deixo de sofrer. Não tenho ninguém que me diga bom dia, não tenho ninguém para quem fazer o pequeno-almoço.
Levanto-me da cama, arranjo-me, mas para quem? Tomo o pequeno-almoço sozinho, calado. Penso como vai ser o meu dia, para que? Vai ser igual a todos os outros. Não posso ir dar um passeio, as escadas são muitas e já não as consigo descer. Fico por aqui, por casa. Ligo a televisão, talvez me faça companhia.
Vou à janela, pode ser que alguém sorria para mim. Está triste o dia hoje. Tantos que passam e não olham. Nem bom dia me dizem. Passam a correr. Devem ter algo que fazer.
Que faço agora? Se ao menos tivesse alguém com quem falar. São horas de almoço. Não me apetece cozinhar só para mim. Como qualquer coisa depois. E se fosse à janela? Olha, uma senhora com a sua filha. Riem-se juntas. Devem ter tanto para partilhar. Olha, um senhor e a sua esposa, de mãos dadas com a neta pela mão. Que sorte, têm alguém por quem viver.
Está ficar escuro, é triste a noite. Tantas luzes acesas nos prédios. Devem estar em família, a falar e a contar como foi o dia delas. Não tenho ninguém a quem contar o meu.
Jantar? Não me apetece. Não me apetece jantar sozinho novamente. Vou para cama. Pode ser que amanha seja um dia diferente, pode ser que amanha não acorde.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Somos capazes de muito, basta querer…

Nós não conseguimos mudar o mundo, mas podemos torná-lo num lugar melhor.
Estas duas músicas, “Send it on” e Make a wave” reflectem exactamente a mensagem que pretendemos transmitir.
Todos nós temos de dar alguma coisa para que haja mudança e essa coisa, pode ser algo tão simples como o amor. E o amor, só é amor, se tu o distribuíres.
Alguém tem de ter a iniciativa e quem sabe se depois não irá surgir uma reacção em cadeia e surja alguma mudança.
Um pequeno acto de amor, como um sorriso pode animar o dia de alguém que vive sozinho. Um simples toque pode deixar um animal com um brilho diferente nos olhos.
Um simples acto para ajudar o outro, até pode parecer uma pequena pedra no oceano, mas vai fazer a diferença. Um simples acto de bondade pode provocar uma enorme mudança.
Se mostrarmos um pouco de amor seremos capazes de coisas incríveis. O ser humano consegue fazer coisas terríveis, mas está na altura de provarmos que não somos só monstros, que alguns de nós, conseguem ser bondosos e altruístas. O mundo pode ser um lugar melhor, basta querermos.






Um caso real…

Esta é a Pérola, uma cadela que foi abandonada e teve uma segunda oportunidade. Não sabemos como é que alguém é capaz de abandonar um cachorrinho com pouco mais de um mês à sua sorte. Esse alguém não tinha coração e foi um cobarde porque abandonou um ser indefeso, que se não fosse encontrado a tempo acabaria por morrer.
Um membro do nosso grupo acolheu-a e deu-lhe uma casa. Isso foi bom para ela mas também para a família que ganhou um novo membro, uma amiga fiel, sempre pronta para brincar. Esse membro, sabe que sempre que regressa da escola, a Pérola está sentada na entrada da casa, para o receber depois de um dia de aulas e mesmo que o seu dia não tenha sido grande coisa, aquela recepção calorosa deixa-o sempre mais animado.
Todavia, são muitos os animais que são abandonados e que não têm a mesma sorte que a Pérola. São centenas aqueles que ficam sem o seu porto de abrigo.
A Pérola não faz parte dessas centenas porque alguém a acolheu. Não abandones o teu animal, porque ele seria incapaz de te deixar na berma da estrada. 
Já alguma vez pensaste em adoptar um animal abandonado? Não? Então pensa nisso, estarias a dar uma casa a esse animal e seria menos um a fazer parte da grande lista dos abandonados.  


sábado, 23 de outubro de 2010

Passamos...

Passamos e vemos. Passamos e não vemos. Passamos e olhamos. Passamos e não mais olhamos. Há quem passe e olhe, volta olhar e não olha mais. Há quem passe e olhe e sente algo que o faz parar, voltar a olhar, olhar para quem ninguém olha. Percorre o caminho até quem olha, um caminho longo, cheio de sentimentos e agitações interiores, um caminho de incertezas e vontades, de querer fazer algo e não querer, de ter coragem ou de não a ter.
Muitas vezes somos postos à prova durante o nosso percurso de vida. São evidentes? Não. Subtis, mas não invisíveis. Tantos pedidos de ajuda através de um olhar, tantos pedidos de ajuda através de gestos, tantos pedidos e nem uma resposta damos. Bastava parar e perguntar “Precisa de algo? Existe alguma coisa que possa fazer por si? “ Ou melhor. “Venha comigo. Vamos ver o que posso fazer por si”.
O Mundo está cheio de pedidos de ajuda, e nós nem os ouvimos. Não. Não os queremos ouvir.
Por isso siga o nosso conselho. Não anda por aqui só por andar. Dê razão à sua existência e faça algo que a justifique. Ajude o próximo. É o mínimo que pode fazer para pagar a “renda” da sua vida.

Eles precisam de alguém do seu lado...

Filhos, pais, avós... o tempo passa e o ser humano acaba por ser afectado. O relógio do tempo não deixa ninguém escapar impune. Quando estamos quase no final da nossa vida, precisamos de alguém que nos apoie, que esteja do nosso lado. Ninguém gosta de ser colocado de parte, de ser esquecido e abandonado, os idosos não são excepção.

Marley e Hachiko

São várias as histórias sobre animais que se encontram retratadas em filmes ou em livros.
Marley e Hachiko são dois protagonistas de quatro patas e as suas histórias são verídicas.
A história de Marley foi contada primeiro em livro “Marley e Eu” e o autor é o seu próprio dono John Grogan e mais tarde foi adaptada para filme. O livro/filme fala-nos de Marley, o pior cão do mundo, o cão que arrombava portas, esgadanhava paredes e roubava roupa interior feminina. Marley até podia ter muitos defeitos, mas tinha um coração puro e sua lealdade era incondicional. É uma história repleta de magia, das coisas belas da vida, como a cumplicidade, a amizade, o companheirismo, a felicidade e o amor que só um labrador de 43 quilos nos podia oferecer.
O filme termina com uma mensagem que significa muito para nós: “Um cão não vê utilidade em carros de luxo, nem em casas grandes nem em roupas de marca. Um pau impregnado de água serve-lhe perfeitamente. Um cão não liga se somos ricos ou pobres, inteligentes ou enfadonhos, espertos ou burros, se lhe dermos o coração ele dar-nos-á o dele (…)”.

“Hachiko – Amigo para sempre” é o nome do filme que conta a história de Hachiko, um cão que quebrou os limites conhecidos da lealdade de um cão ao seu dono. Foi adoptado por um professor universitário quando este o encontrou numa estação de comboios. A partir desse dia desenvolveram um laço que os uniria para sempre. “Hachi” acompanhava todos os dias o dono até à estação e voltava todas as tardes para o cumprimentar no final de cada dia. Um dia o seu dono não regressa a casa e Hachi não compreende porquê. Todos os dias, durante quase 10 anos, Hachi ia à estação esperar pelo seu dono, que nunca regressou. O dono morreu, mas mesmo assim Hachiko não o abandonou, continuou a ser-lhe fiel. Com Hachi compreendemos o verdadeiro significado de lealdade e que nunca esquecemos aqueles que amamos.



Na estação de Shibuya, em Tóquio foi construída uma estátua em memória de Hachiko, o cão que só deixou de esperar pelo seu dono naquela estação quando também ele partiu.




Marley até podia ser o pior cão do mundo mas o seu amor pelos seus donos superou isso e eles não o abandonaram.
Hachiko perdeu o seu dono e desta vez foi ele que não o abandonou.

Ambas as histórias são reais e tocantes e reforçam novamente aquilo que vos pedimos: não abandonem o vosso animal, ele jamais vos abandonará.

O trailer dos dois filmes está disponível no youtube:

Diário de um cão…

Encontrámos um texto intitulado “Diário de um cão” em que um cão conta a história da sua vida. No início tinha uma óptima vida e considerava-se um sortudo, mas quando foi abandonado, tudo mudou, aquilo que ele conhecia e estava habituado desapareceu, de repente estava sozinho no mundo, sem ninguém que cuidasse dele e lhe chama-se de amigo. Uma história chocante que nos mostra aquilo de que o ser humano é capaz de fazer.

O diário está disponível em vídeo no youtube:


E em power point, no site da Sociedade Protectora dos Animais:

http://www.spaporto.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=9

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ele nunca te vai abandonar…

O cão é o teu amigo mais fiel que enquanto viver nunca te irá abandonar. Não sejas tu a quebrar a vossa amizade, não o abandones!

Solução dupla...

"Os estudos mais recentes têm demonstrado que existem vários benefícios dos animais de companhia no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Verificaram-se níveis de solidão, depressão e ansiedade mais baixos em pessoas que possuíam animais de companhia.
A solidão e o isolamento social são outros problemas que têm vindo a crescer na nossa sociedade. Basta pensar na quantidade de idosos que vivem sozinhos nas cidades e aldeias do nosso país. 

Muitos deles possuem pouco ou nenhum suporte social. Um grande número tem um cão ou um gato. Os animais tornam-se fiéis companheiros, dando maior alegria e um sentido a uma existência que nem sempre é colorida.
Alguns estudos indicam que a qualidade de vida do idoso aumenta, assim como a sua longevidade. A inserção de animais de companhia em lares tem proporcionado oportunidades para os idosos conversarem, recordarem outros tempos, assim como para a sua estimulação sensorial."


Autor: Dr. Hugo Jorge - Psicólogo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Esquecidos...

Costumamos ouvir dizer que o nosso país está cheio de "Velhos". Ouvimos que é um país envelhecido. Mas não ouvimos dizer que esses chamados de "Velhos" têm uma vida digna. Basta percorrermos pelos grandes centros urbanos, pelas ruas mais antigas das cidades, sim aquelas por onde ninguém ousa passar, aqueles becos escondidos, e vemos, naquelas janelas de madeira, rostos tristes, rostos de memórias, rostos de cansaço, cansaço esse muitas vezes de viver, rostos de solidão, rostos de quem se sente só e anseia por apenas ter um pouco de atenção.
Sim, são estes os velhos do nosso país, postos de parte, de um outro lado da sociedade. Fomos construindo como que uma barreira entre nós e eles, e os velhos, como são chamados, foram sendo esquecidos, passam despercebidos por quem não quer ver.
São o nosso passado, e nós somos o futuro por isso o objectivo é fazer com que não sejam esquecidos. Está mais do que na hora de destruir a barreira construída de estigmas e insensibilidade, está na altura de os trazer para cá, para a Sociedade, chegou a hora de terem oportunidade para "voltar a viver".

Desumano, monstruoso…

Como é que alguém tem coragem para abandonar um cão ou um gato. Esse alguém não tem coração, nem consciência, nem alma. É alguém que não devia de se considerar humano. Nós não conseguimos imaginar o que passa pela cabeça de uma pessoa quando abandona o seu animal de estimação. É algo que nos ultrapassa, nós seríamos incapazes de ter uma atitude dessas, é algo simplesmente monstruoso, só de pensarmos nisso ficamos com um aperto no peito.
O cão, o famoso amigo do homem, que é sempre leal, que está presente nos bons e nos maus momentos, que mesmo depois de ser repreendido não guarda ressentimentos e nos cumprimenta com um abanar de cauda, um latido de felicidade ou umas lambidelas.
O gato, que apesar de ser um animal independente, faz companhia ao seu dono no sofá, dá-lhe mimos e ronrona de gratidão.
Ambos com muito para dar, pedem pouco em troca, apenas uma coisa: "por favor, não me ABANDONES"!
O nosso animal está doente, já está velho, destruiu a mobília, comeu o jantar, partiu a jarra, sujou a cozinha, roeu um chinelo, arranhou o sofá, (…), tornou-se algo incómodo, não o podemos levar de férias connosco, logo vamos deixá-lo em qualquer lado, assim não temos de nos preocupar mais com aquele fardo que só dava problemas.
É este tipo de atitudes que nos deixam perplexos, muita gente pensa desta forma desumana.
Queremos pedir-vos uma coisa, se querem um animal pensem bem antes de adquirirem um e se já têm um, mostrem-lhe que gostam tanto dele como ele gosta de vocês, não sejam cobardes, não o abandonem!
Temos de ser nós, “os mais novos”, os jovens do nosso país, a fazer algo para combater esta situação absurda.
Lembrem-se, o vosso cão/gato pode ser o vosso melhor amigo, nunca vos vai desiludir, pelo menos não de propósito, vai estar sempre lá, todos os dias, sempre do vosso lado até ao fim da sua existência.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Porquê Mundos Cruzados?

Discussão, esta é a palavra que melhor caracteriza a nossa primeira reunião enquanto grupo.  Se escolher com quem queríamos formar um grupo foi uma tarefa bastante fácil, chegar a um consenso quanto ao tema foi mais complicado. Metade do grupo, sobretudo a metade feminina, queria trabalhar com animais abandonados, porque considera que a sua dura realidade é chocante e que é urgente tomar uma atitude. A outra metade, os rapazes, queriam algo relacionado com o isolamento dos idosos, uma situação também bastante actual e bastante séria que mostra como os idosos são excluídos da sociedade quando já não, supostamente, contribuem para ela. Após alguma discussão “saudável” acabamos por ficar com os dois temas. Uma vez que realidades que aparentemente são tão distantes … completam-se.  Os animais necessitam de alguém que cuide deles, que os ame. Por sua vez, os idosos necessitam de alguém que lhes faça companhia e que os retire um pouco do isolamento em que vivem. 
Idosos e animais, duas realidades, duas formas de vida diferentes mas que afinal não são mais do que Mundos Cruzados.